segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Meu Doce Assassino



- Já chegou amor?


- Já. Hoje o dia foi difícil. Matei só duas pessoas.


- Você sabe que eu não gosto de saber disso.


- É... mas tá explicado o porquê de eu ter chegado cedo.


- É, tem razão. Me desculpa?


- Tudo bem, isso é besteira.


- Fiz suco de acerola. Tá na geladeira. Tô preparando um lanche.


- Hum... legal!


- Sabe, eu estava pensando... é meio estranho, sabe, tipo, eu me casei primeiro com um desgraçado de um advogado que me espancava todo dia. Depois me casei com um filho da puta de um médico que me jogou do segundo andar. Casei com um advogado e com um médico e só fui maltratada, tratada como bicho. Só vim conhecer o que era o amor quando casei com você, um assassino.


- Advogado e médico também cagam, também são gente, não são superior a ninguém. Não me chama de assassino, não gosto, você sabe.


- Tudo bem. Mas não deixa de ser estranho. Você me ama, me compreende, ouve o que eu tenho de falar e você não é falso, você é você.


- Valeu, você também é muito especial para mim, obrigado por existir, obrigado por gostar de mim. Ah! Tenho que queimar minhas luvas e minha roupa. Tô indo lá pro quintal.


- Aiai, eu gosto tanto dele. Obrigada Deus, por ter colocado esse anjo no meu caminho.




A.L. está sem inspiração no momento e está revivendo velhos posts do começo do blog

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